Levantei hoje decidido à vencer o tal frio, as rotinas, as securas, os vícios, os tais desafios. Levantei hoje decidido a esquentar o peito, tirar as dores de dentro dos versos, sacudir a poeira que tanto deixei cair de tanto chorar, tanto me entregar. Não, não continuo quando m’é doído. Já tenho essas dores em mim, naturalmente. Mas aprendi. Aprendi menino, quero te dizer nesta sexta-feira sem rima que aprendi.
Aprendi essas coisas que saem da boca de minha mãe, aprendi essas coisas que a gente escuta nos ditados, aprendi à jogar todas estas mentiras sujas juntas com os pensamentos despenteados pelo ralo. Aprendi lá dentro, aprendi a não ficar me repetindo, marcando com carimbo no peito todas as dores, criando mais marcas no peito. Aprendi a lidar com o meu aprendizado, à enteder os versos, a lidar com os chatos, pra ao fim, aprender que nunca irei aprender a lidar com coisissíma ne-nhu-ma!
Aprendi a deixar que sigam os caminhos. Aprendi o significado verdadeiro ‘fluir’, do ‘deixar’, do ‘partir’. Aprendi a desaprender, aprendi a me ter, aprendi a lidar melhor com os meus abraços, aprendi que tentar faz o riso, aprendi que tentando é que acho o meu abrigo. Não existem atalhos menino, ora, tentar é o caminho!
Mas juro, juro! Estou tentando, soltando o riso escondido, tirando os medos da gaiola, ouvindo todos os discos na vitrola. Não é que ela ainda toca? Junta ao ritmo do meu riso, enquanto eu vou tentando achar os meus caminhos.
(Risos)
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