Pra mim, ela nunca foi a mais especial do mundo. Nem a mais calma, muito menos a mais amiga. Ela era apenas a única pessoa que me fazia ficar chateada pelo resto da semana. A mesma, nunca foi citada aqui. Até porque eu não tinha muitas coisas boas para falar dela. Seriam somente textos depressivos, onde eu a culpava por tudo que eu fazia. É claro que eu não sabia lidar com a minha vida nesse tempo, eu não conhecia o mundo. Eu acreditava fielmente que o que eu conhecia, era suficiente “pra ir pro céu”. Que ingenuidade. Criança se tornando adolescente é a fase mais ridícula que vivemos (pelo menos por enquanto). Mas eu comecei a entender o porquê ela fazia essas coisas. O porquê me proibia de andar com qualquer pessoa, o porquê ela não queria que eu saísse com pessoas que me levassem para o mau caminho, o porquê ela brigava tanto comigo por algo que eu chamava de apenas um “errinho”... É porque ela é minha mãe. Devido à todas as experiências que ela teve, ela sabe o que eu provavelmente irei passar. E é claro, toda mãe que cuida tão bem do seu filho, não quer que qualquer um estrague todo o trabalho que ela teve. Todo o amor que ela deu. Agora eu vejo a sorte que eu tenho por tê-la como mãe. Não direi que é perfeito. Ainda tenho discussões, castigos e sermões. Mas ela é minha mãe. Foi a criatura que me deu a vida. Foi a mesma que se preocupou por eu sair sozinha e que argumentou do porquê eu sairia justo aquela noite que ela precisava tanto de mim.
Thais Katsumi.
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