domingo, 22 de abril de 2012

Não me pede pra falar mais baixo,



Pra puxar a saia, pra beber menos. Não fica triste quando me encontrar fumando sozinha sentada na sacada do meu apartamento do vigésimo andar. Não se irrita quando eu não quiser te dizer, quando eu te beijar em vez de moldar minhas dores todas a algo que você possa entender e não se doer. Respeita meus silêncios, ri dos meus medos, da minha pele que tanto esquenta rápido, quanto congela. Não tenta me entender. Ou você pode, ou não pode, não insista. Me dá a garrafa quando eu pedir, e se tiver o azar de me ver chorar só murmura um samba antigo que passa. Não sou pontual, não sou racional, e também não sou nem serei tua. Lê nos meus olhos o que eu preciso, que eu tenho preguiça de quem não sabe ver.

Nos vemos na próxima lua cheia regida em saturno, seja lá o que isso signifique. Quando eu cansar de mim e for te procurar.

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