domingo, 5 de fevereiro de 2012

Faz isso.


Passa aqui na frente de casa, toca a campainha que eu te deixo entrar. Você se importa se eu tiver de pijamas? Mas quando eu for te receber, você sorri pra mim? Segura minha mão com força, não importa se o portão for perto da porta de entrada, segura de qualquer jeito. A gente deita no sofá, ou senta na mesa, ou deita na cama, ou se joga no chão. Você pode escolher… Mas deixa eu ficar de frente pra você? Não é por nada não, gosto de perceber você piscando mais rápido quando fica sem jeito. Se quiser, a gente faz uma comida estranha… Eu não sei fazer nada, mas se você me prometer que vem, eu entro num curso de culinária. Eu deixo você bagunçar meu cabelo, deitar no meu colo e revirar o tapete, mas você promete que vai rir de uma piada que eu contar? Eu não tenho muitos filmes aqui em casa, mas a gente vê um na tv e em cada comercial, vamos discutir o quanto você é insuportavelmente chato e deveria ser meu. Tira seu casaco, deixa em cima de alguma coisa minha, quem sabe o cheiro fica e eu posso cheirar depois. Faz carinho no meu cabelo? E se eu sentar um pouco longe de você, chega mais perto? Se possível, gruda. Não sou boa em decorar coisas, mas se você me der uma lista das coisas que você gosta, dos seus defeitos e suas manias eu decoro e você pode até fazer uma prova, que eu vou saber de tudo. Eu não gosto de certos defeitos, mas em você fica tão bonito que nem faz diferença. Quando tiver pensando em ir embora, me dá um beijo na testa, aperta minha mão e me deixa entrar no seu abraço. Mas se quiser ficar pra sempre, meu coração guardou o melhor lugar pra você.

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