quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dentro de mim.


Mas é claro que eu ainda espero te encontrar. Toda vez que ando pela rua, dirigindo devagar ou olhando atentamente por todos os lados à pé, é pra não te perder de vista caso eu te encontre. Mas eu sei que isso é algo inimaginável, pra não dizer impossível, de acontecer.
Desde aquela última vez que eu te vi indo embora, nunca mais te vi. Nem sequer vi seu cabelo voando ao vento.
Eu passei em frente sua casa. Ela estava toda destruída, com máquinas removendo o entulho. Parecia que era o destino me falando "tudo o que vocês tiveram caiu por terra. Esqueça". Mas como esquecer de uma vida que deu vida à minha vida?
Faz tão pouco tempo, e parece que já se passou uma eternidade desde... Eu nem sequer lembro a cor dos seus olhos castanhos. E tudo parece tão frágil sem você aqui, tão incerto, tão errado. As coisas parecem tão irreais que às vezes até chego a pensar que você nem existiu de verdade, que foi só uma criação da minha cabeça, algo que eu mesmo criei pra me fazer feliz.
Nesse momento eu fico nessa dúvida se você existiu mesmo e começo a te procurar em tudo o que minha invenção inventou. Procuro por músicas que não existem, por lugares em que nunca estive, por pessoas que nunca conheci. É sempre você minha dúvida e minha resposta.
Aturdido, desmaio e sofro a dor que os apaixonados sofrem. Me faço homem de carne e osso, sem espírito. E sem amor. Porque o amor da minha vida já passou por mim e não me encontrou.

Retirado do blog Porque Nada é Pra Sempre.

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