É tão horrível se apaixonar. Principalmente quando se trata de um desconhecido.
Pois é. Acabo de ter essa experiência.
Depois de tanto tempo sem aquele sorriso idiota no rosto e aquele ar de que está viajando toda hora, foi estranho me sentir apaixonada. É claro, não se trata de amor. No entanto, a primeira coisa que eu pensei foi o contrário.
Uma pena que eu não consegui olhar naqueles olhos de novo. Não acreditava que isso fosse possível, mas: voaram borboletas no meu estômago, senti falta de ar e um constrangimento fora do normal. Tive vontade de puxar assunto, entretanto coragem nenhuma naquele momento seria suficiente para que eu o fizesse. Cheguei a pensar que ele fosse o cara da minha vida, e que o destino nos deu uma ajudinha nos colocando no mesmo lugar e na mesma hora. Na verdade, a semelhança entre ele e o garoto dos meus sonhos é surpreendente. Meu coração acredita fielmente que nos veremos em um futuro um pouco distante, e que ele puxará um assunto comigo, e que ambos descobriremos que nos amamos e que fomos feitos um para o outro. Mas claro, a razão vai contra todas essas hipóteses/sonhos ridículos.
Garotas são tão idiotas. Eu sou tão idiota.
Provavelmente ele nem notou que eu estava no mesmo recinto que ele, ou que eu ao menos existia. Ele já deve ter uma namorada, ou pelo menos, milhões de meninas muito mais bonitas do que eu, caindo aos seus pés. A melhor parte de tudo, é que ele não tem cara de garoto galinha, e sim de garoto-lindo-e-perfeito-e-fofo-que-com-certeza-me-faria-feliz. A pior parte é que há grandes chances de ele ter pensado que eu era uma mera garotinha da terceira série apaixonada pelo mocinho da malhação.
Finalmente, depois de todas essas conclusões. Talvez eu não estivesse realmente apaixonada. Contudo, se existir uma próxima vez, começarei a desconfiar que se trata de amor. Ou maluquice, que é praticamente a mesma coisa.
Thais Katsumi.
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