Sempre que me imagino mãe, me imagino mãe de uma criança com Síndrome de Down. E isso me deixa tão feliz! Uma felicidade tão imensa que é difícil explicar. Já ouvi tantos casos de mães que rejeitaram o filho devido à alguma doença, que, provavelmente, tal fato me deixa um pouco preocupada com o futuro deles. Talvez essa seja a razão para eu me emocionar quando digo que terei orgulho do bebê que darei a luz. Talvez essa seja a razão para eu dizer que o amarei, independente de qualquer coisa. Talvez essa seja a razão para qualquer dificuldade ser apenas um aprendizado.
É claro que não deve ser nem um pouco fácil cuidar de uma criança especial. Não pela doença em si, mas pelo preconceito em torno disso. Que apesar de muitos afirmarem estar extinto, é inevitável olhares preconceituosos ou cheios de pena. Isso não me afetaria diretamente, já que eu seria a pessoa mais feliz do mundo por saber que uma criança especial está sendo amada e não abandonada. Tais olhares só me afetariam a partir do momento que meu filho sentisse isso.
Caso isso acontecesse, estou certa de que seria uma luta interminável para colocá-lo na sociedade e fazê-lo se sentir parte dela. Fazê-lo prestar atenção em quão importante ele pode ser para todas as pessoas à sua volta. Fazê-lo acreditar que como qualquer outra pessoa, ele é capaz de tudo. E eu venceria essa luta.
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