terça-feira, 5 de abril de 2011

Iwali.


Achei aquela carta dentro de um dos meus livros enquanto eu procurava por uma famosa citação. Ela não estava endereçada, nem com remetente ou destinatário, por isso, comecei a lê-la. Lia como qualquer outro: pausadamente, tentando compreender o significado de cada ponto e vírgula, e muitas vezes me perdendo em outros pensamentos. No entanto nessa carta, a cada palavra que meus olhos captavam, minha mente construia uma frase, e a cada frase formada, sua imagem se materializava. Era inevitável. Apenas a concentração no que eu lia não era o suficiente pra você sair da minha cabeça. Aquelas palavras me faziam lembrar de todos os nossos momentos, e mesmo que poucos, vinham com muita intensidade. Bloquear esses pensamentos estava fora de cogitação, eram fortes demais. E pior, meu coração me impediu todas as vezes que eu tentei tirar os olhos daquele texto. Por um momento eu tinha acreditado que todas aquelas palavras eram para mim. Quando fui chegando no final li a penúltima frase que dizia: "deveria ter aproveitado mais", eu te imaginei dizendo isso, olhando nos meus olhos, com aquele olhar de quem nunca fala sério, e com aquele seu sorriso de quem perdeu e não quer admitir tamanha tristeza. Tudo aquilo me fez chorar, mas lágrima nenhuma tirou meus olhos daquele texto, porque a última linha dizia: "Será que eu sou assim, tão fácil de esquecer? Because I still love you. Iwaly". Aquilo foi a coisa mais fofa do mundo. Obrigada. Você nunca esqueceu de mim, não é? Como poderia esquecer? Todas aquelas mensagens, torpedos e bilhetinhos que terminavam com Iwaly. Era você, desde o começo. E essa carta, pra mim. Me perdi em pensamentos e lembranças. É. Eu ainda te amo também. E será sempre assim. I will always love you.
Thais Katsumi.

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