sábado, 19 de maio de 2012

Pode não adiantar, mas eu escrevi.





Londres, 7 de julho de 2008.

Querido pequeno,

Como andas, meu amor? Observo-te de longe e pareces tão bem. Não que eu não queira que não esteja, não é isso. Mas é que é tão doloroso ver-te sorrindo por outro motivo do qual não seja relacionado a mim. É tão destruidor ver que a motivação do seu sorriso é ela – quando na verdade, ainda deveria ser eu – e que agora você sorrir com mais força devontade. Não entendo porque, mas ainda acho que seria melhor nós do que você e eu. Essa distância entre nós dois mata-me aos poucos, mas mesmo assim, tento parecer forte. Eu sei, não sou o melhor pra você. Porém, me dedicarei ao máximo. Farei-te sorrir nas horas ruins, secarei tuas lágrimas e te protegerei de todos os males, como sempre fiz. Desculpe-me, mas eu não vou te deixar partir assim. Sem mais, nem menos. Ou talvez seja melhor… Eu, sinceramente, não sei. Há uma grande confusões em meus pensamentos – todos sobre você – e não consigo concentrar-me mais em nada. Contudo, de um fato sempre saberei. Eu quero você bem. Feliz. Sorrindo, sabe? Quero que realize seus sonhos - comigo ou com ela - tanto faz. Porque você estando bem, eu também estou. Você encontrou, pequeno. Algo melhor do que eu. E por isso te desejo sorte e felicidades, do fundo do meu coração. […] É só em ti que eu ando pensando todos os dias, meu mundo já não é o mesmo sem você. Meu coração está totalmente destruído. E lágrimas rolam em meus olhos quando eu penso que perdi algo que nunca vai ser substituído, porque no fundo, eu sei que quando você se foi, levou meu sorriso e minha felicidade junto com tua partida. E só quem perde alguém, sabe que essa dor é inexplicável. Uma dor que nos mata aos poucos. Que faz dos nossos pensamentos altamente suicidas. Nós deveríamos ser felizes juntos, mas infelizmente, você partiu e junto a tua partida levou contigo meu coração. Não entendo porque eu insisto em escrever mais uma carta a você. É que anda tão difícil de entender tua partida. Agora sigo só, sem motivos para sorrir. Meu coração espera por você. Em meus pensamentos lembro do teu sorriso, e das nossas tardes de inverno. Lembro-me do tempo que fomos felizes e não sabíamos, do tempo que ficávamos no parque olhando o céu e imaginando nosso futuro juntos. Agora, as nossas promessas você faz com outras pessoas. E dói saber que você nem lembra o meu nome. Logo eu, que te amei tanto. Que daria minha vida por ti. E que de fato, ainda dou. Talvez essa carta nunca seja entregue. Mas aqui dentro sei que a única saída é tentar te esquecer, mesmo que demore dias, meses ou anos. Vou um dia me recuperar dessa dor, vou amadurecer e aprender que as coisas nem sempre serão do meu jeito. Então apenas te digo mais uma coisa: Cuida-te, não é porque está longe, significa que não te quero bem. Te quero bem sim, e bem até demais. Não deixe ninguém estraçalhar teu coração, da mesma maneira que você estraçalhou o meu. Hoje quero que apenas fique bem, pois hoje eu estou aprendendo que fui apenas mais uma em tua vida. Te prometo, aprenderei a seguir em frente. Nem que isso custe toda a minha vida. Entenda, pequeno… Não desisti de nós, apenas parei de insistir.Só não esquece de que um dia houve nós. E quando quiser, ainda estarei aqui. Sempre pertencerei a você. Da cabeça aos pés. Afinal, a única razão que ainda me mantém viva é sua existência. Digo-te, pequeno. Eu te amo. Assim, com todas as minhas forças.

Sempre,

Tua pequena.

(Autor desconhecido).

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