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sábado, 9 de junho de 2012

Contra o Tempo



Multidões. Tantas pessoas e o tempo gira descompassado. Você luta contra o relógio. Faz tempo que não o vê, ainda se lembra do rosto dele? Dos tantos traços que não se cansava de olhar até parar na sua boca. Ele comentou que viria e você luta desesperadamente para encontrá-lo, ou melhor, para que ele a encontre, para que veja como está linda esta noite. Já recusou dois caras que a tiraram para dançar, você quer a ele, você precisa dele, precisa sentir seus sentimentos pulsando a mil novamente, o frio na barriga que só a presença dele causa em você, quer que ele devolva o seu desejo de viver. Um rosto parecido, um flerte, ele não se levantou, não era ele, aonde está? Por que não a está procurando? Você sabe que ainda o ama, mesmo que seu orgulho tente lhe dizer o contrário. Você corre os olhos pelo salão, o procura, mas é em vão. O tempo acabou. As luzes se acendem, lhe chamam para ir. É hora de colocar os pés novamente no chão.

Danielle Oliveira.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Dias de chuva,


Monótono, mais um dia de chuva. Os pingos batendo em minha janela, posso ouvir também o barulho dos galhos farfalhando. Faz dias que não me lembrava de você, há meses parei de lhe procurar, mandar recados ou correr atrás de um meio de saber como você possa estar, não me faz mais diferença. Há tempos, as poucas lembranças que me vem a cabeça quando ainda dizem o seu nome não passam de meras insignificâncias, poderia de muito guardar ódio e rancor, mas tenho que para mim o desdar é uma fonte mais sutil.
Debruçada na janela começo a brincar com os pingos que vão batendo no vidro e escorregando, como se apostassem corrida uns com os outros, até se misturarem e viraram um só. Dias chuvosos são nostálgicos por natureza, tem isso cravado em seu interior, eles tem o objetivo de nos fazer cavar as lembranças de quem nos fez sofrer e deles relembrar, mas não, hoje não. Hoje vou apenas me recostar na janela e observar a chuva cair.

Danielle Oliveira.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Querido Inquilino,



Querido sujeito dos meus sonhos das mais inusitadas noites, você por quem sei que ocupa tamanho espaço dentro do meu frágil músculo responsável por bombear sangue para todo o meu corpo e me manter viva, o que está fazendo agora? Ah querido inquilino, por todas as vezes que eu pedia para que você me deixasse em paz não significava que era para você procurar uma nova moradia, o que eu vou fazer com todo esse espaço que você deixará vago? Ah querido, você não sabe que todo inquilino deixa as suas marcas? Sendo assim você já deixou a sua medida, a decoração foi você quem fez não se lembra? E o que vou fazer com toda essa bagagem? Talvez depois de um tempo um novo morador se hospede por aqui, e redecore todas as coisas que você deixou para trás.

Danielle Oliveira.

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