terça-feira, 12 de maio de 2015

Antonina.


Você poderia muito bem ser daqueles tipos de amores de verão. Do tipo que eu mesma vivenciei um tempo atrás. Foi um romance de final de semana - literalmente - que me fez sentir livre. Gostaria que o que eu sinto por você fosse assim: passageiro e eterno. O que é um conflito de informações que faz todo o sentido agora.

Sobre o meu romance do final de semana... Eu sabia que nunca mais o veria, por isso podia ser eu mesma sem ter receio de que ele porventura, deixasse de me gostar um dia. Não existiu o medo de perder, existiu o fato de que ele nunca seria meu. E isso não era nada demais, porque eu também nunca seria dele. Não existiu a preocupação de quantas vadias ele pegou no final de semana que não passou comigo. Existiu ele e eu, que éramos o sol dentro de um sistema, que é todo o resto do mundo, inclusive você.

O foco todo foi no momento em que estávamos vivendo. O resto não importava. Você, lindo, não teve importância quando eu estava com ele. A lua teve importância. Ela foi o complemento do barco de um cara outrora desconhecido. O beijo do moço tinha gosto de cigarro misturado com água do mar. E eu não liguei, porque aquele seria o primeiro e último beijo que daríamos. Não vou negar, não chegou perto do seu. E isso, pensando bem, me irrita um pouco, porque tudo é muito bom com você, até quando não é tão bom assim.

Por que você não é um romance de final de semana? Uma vez me falaram de uma teoria de que se você gostar de uma pessoa por mais de 4 meses, deixa de ser apenas uma paixão - torna-se amor. E eu não quero te amar. Porque vai doer. Quero que você seja um romance de verão. O problema é que o meu coração não entende isso. Passei horas explicando, juro que tentei, mas não dá. Algo em você bloqueia a parte sensata na luta interminável entre coração e razão. E aí eu não consigo te colocar no patamar de romance de verão. Você acaba sendo meu amor não correspondido. E, argh, te odeio! Me odeio! Só porque no final é sempre sobre você, não sobre ele ou sobre qualquer outro.

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