terça-feira, 21 de junho de 2011

Nunca vamos aprender.


O amor quando vem não manda recado. Vem porque vem. Vem porque tem que vir. Vem porque tem que acontecer.
E como seria bom se entendêssemos de uma vez por todas a amar como os animais, cuja única preocupação no amor é se amam ou não.
Não importa a cara, o corpo, a religião, a condição social.
Não importa o curso na faculdade, se fez faculdade, se escreve certo ou errado.
Eles não se importam se você é branco, negro, preto, amarelo, azul, et ou se você nem é alguém. Eles nos amam porque assim o sentem, porque assim o desejam.
Eles não se importam se a comida que você deu é de ontem, se a água está fresquinha. Eles lembram que você os alimentou, e por entenderem isso como um gesto de carinho. Então retribuiem este carinho.
Eles não se importam se você foi embora. Se você demorou pra voltar. Eles nem entendem por que você some às vezes. O importante pra eles não é quanto tempo se passou, mas quanto tempo ele fica com você. Por isso ficam tão felizes com a chegada, e não ficam te cobrando se demorou. Porque eles não têm tempo pra isso. Eles vivem menos. Pros cachorros, cada ano deles vale 7 nossos. Isso significa que cada  mês valem 14 meses, mais de 1 ano. Cada dia vale 1 semana. E cada voltinha de 20min significa 140min com você.
Então, aprenda a amar como um cachorro. Ele deita do seu lado em silêncio. Eles têm a memória fraca. Se recebe uma bronca agora, em 1 minuto já tá correndo atrás de você pra brincar.
Talvez seja por isso que eles vivam menos: porque eles entendem de uma vez o jeito certo de amar. Nós, os verdadeiros irracionais, precisamos de quase 100 anos pra aprender a amar. E nunca aprendemos de verdade.

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