terça-feira, 15 de novembro de 2011

Minha suposta desilusão amorosa.



São esses seus olhos verdes somente na luz do sol, ou então essa sua mania de querer decifrar todas as minhas manias. Talvez tenha sido sua fala mansa ou seu jeito de caminhar. E mesmo você sendo uma desciclopédia  ambulante, que sempre me faz explicar todas as palavras que ainda não entraram pro seu vocabulário - e que por sinal, vou ter de explicar melhor essa frase pessoalmente -, mesmo por ter um gosto musical tão irritante aos meus ouvidos e esse jeito de se achar o tal no meio de tantos outros, você consegue fazer brilhar olhares e abrir sorrisos. Suponhamos que sejam os meus. Apenas suponhamos. Vai dizer que você acredita que realmente é a minha mente que pira toda vez que seu perfume exala? Não, não é. E eu não gosto de te irritar só porque gosto de desafiar esse seu jeito marrento. Suponhamos que eu realmente só esteja pensando nas lembranças que me trouxe desde os últimos dias. Suponhamos que seja no seu abraço que eu encontro um momento de descanso desse mundo que já pisou demais em mim, em meus sonhos roubando alguns sorrisos. Digamos que sejam suas mãos que está juntando todos os cacos espelhados no chão do meu - ingênuo e burro - coração. 
Hipoteticamente, você é o cara que enquanto eu arrumo minha vida, chegou só pra bagunçar. Revirar, reinventar e me dar forças pra tentar - por mais uma vez - recomeçar. Dessa vez, do zero.
Então vamos fazer o seguinte, eu finjo que não paro de pensar no seu sorriso malicioso e você finge estar completamente apaixonado pela minha dramaturgia de quinta e no meu capricho de sempre se opor a sua opinião com meu jeito chato e politicamente correto.
Fica combinado assim, eu fingindo que escrevo pra você e você fingindo que pensa em mim.

Gabriela Castanhari.

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