quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Você já ouviu falar em Kony?


O Youtube fez uma retrospectiva dos vídeos mais vistos do ano e foi aí que eu descobri esse movimento. Assisti ao vídeo de quase trinta minutos e em pelo menos quinze desses trinta eu tava chorando sem parar. Me emocionei muito com as imagens, fiquei indignada com a situação abordada no vídeo, me senti motivada e quis me teletransportar pros EUA pra poder ajudar de todas as maneiras que eu pudesse a erguer esse projeto. Daí, ainda assistindo, desanimei: foi postado há muitos meses atrás, as datas dos encontros em prol do projeto já passaram e minha compaixão estava era muito atrasada. Aí fiquei curiosa: no que será que deu? Se você não está entendendo nada do que eu tô falando, assiste o vídeo a seguir (sério, coragem, você não vai se arrepender):


Entrei no site e depois de quebrar a cuca (o layout é impossível) entendi que houve uma grande manifestação com uma festa no fim pra fazer com que os grandes políticos apoiassem o projeto, em Washington DC, ao redor da casa branca. Em novembro. Bleh, mais uma vez tarde demais. Procurei vídeos da manifestação no Youtube, vi que foi um sucesso (em termos de público) e a festa parece ter sido muito legal. Mas e o Kony? Não sei. Daí dei uma pesquisada no Google e apareceram muitos posts em sites pequenos com teorias que diziam que Kony (o projeto, não o terrorista) era uma farsa, ou que o vídeo tinha fortes truques de manipulação (isso aí é óbvio, já que são táticas de marketing que acabam sendo o único jeito de mover as pessoas a entrar num movimento), ou que Jason Russel (o fundador) era cristão e anti-gay e pretendia converter as pessoas pro cristianismo, blá blá blá. Fiquei muitíssimo desapontada.
 O que eu quero dizer aqui é que: não sei se é uma farsa, não sei se Kony já foi capturado (me parece que ele fugiu de Uganda e está desenvolvendo práticas cada vez mais elaboradas pra fugir da polícia), sei que não são todos os problemas do mundo que serão resolvidos se esse movimento der certo e esse grupo de terroristas específicos for capturado, mas sei que a gente tem que sonhar. A gente tá vivo pra isso, sonhar, ir atrás dos nossos sonhos e encontrar a felicidade em cada passo que damos em busca dele. Essa confusão toda só me levou a me perguntar: qual é o problema das pessoas em acreditar que alguém REALMENTE quer fazer o bem? Em sonhar com um mundo melhor? Em sonhar que existe gente que não seja egoísta e medíocre como elas? Por que sempre tem que ter algum espertinho "de olhos abertos" com uma teoria que prova que todo mundo tá sendo enganado e manipulado e ele tá certo?
 Eu sinceramente não acho que pessoas tão importantes e com uma boa reputação a manter (como grandes artistas e políticos, inclusive Barack Obama) fossem se envolver em uma farsa por dinheiro ou pra disseminar suas crenças pelo mundo. Aliás, se for esse tipo de crença que eles querem disseminar, eu estou orgulhosa de me permitir ser manipulada. Antes uma sonhadora cega que um amargurado neurótico e pessimista. Eu quero sim acreditar em um mundo melhor e em outras pessoas que queiram o mesmo, assim como ajudar como eu puder. Pra mim, isso é só mais uma demonstração de como sempre vai ter alguém pra tentar te fazer desistir dos seus sonhos. Sabe aquele papo de "quando a esmola é demais o santo desconfia"? Sinceramente, eu acredito que se seu coração te disser pra seguir, não tem que desconfiar não. Se você for enganado, foi. Se se decepcionar, fazer o que? Mas nada supera o sentimento bom de estar fazendo algo bom em prol de outras pessoas. Você saber que fez sua parte já é mais que o suficiente.
 Ufa! Quando começo a falar de assuntos polêmicos não paro mais. Mas e então, qual é a opinião de vocês? Quero muito saber, de verdade. Comentem!

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