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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Não chora sozinha.

Foto: Eylul Aslan

Ei, pequena, já faz uns bons dias que não te vejo mais sorrir como antes. Sua feição de tristeza é realmente encantadora pra falar a verdade, mas honestamente, eu prefiro muito mais quando você transborda alegria. Sei que não sou o melhor amigo do mundo, nem faço piadas tão legais quanto as suas (que nem são piadas, mas me fazem rir), só que eu sei ouvir. Ouviria o dia inteiro suas lamentações sobre a vida. Se você não quisesse, eu não daria um pitaco sequer. Até porque não tenho lá muitos bons conselhos pra dar - você que é a parte vivída da nossa amizade.

Me dei conta uns dias atrás que tu é um  mistério muito grande. Tem horas que eu te olho e tenho vontade te rasgar inteira, camada por camada, pra descobrir tudo o que você sente. Como se seus sentimentos fossem vazar do seu corpo e pairar pelo ar. Seria um jeito "fácil" de te conhecer melhor. 

Talvez você tenha algum tipo de senha que se eu acertar conseguirei acessar seus dados mais profundos - tudo isso soa um pouco macabro, meio perseguidor, mas só queria que seu sofrimento acabasse, sabe? Não tem como viver sofrendo sozinha, pequena. Entenda que seus amigos estão aí pra isso. Juro que se você vier, eu te ouvirei. E colherei todas as suas lágrimas no meu moletom preferido. E te darei o colo que quem quer que tenha te machucado não te deu. Você só precisa vir. Se não quiser, nem precisa desabafar... só ficar. Tudo o que eu quero é ver o seu sorriso despreocupado novamente.

Pequena, divide seu sofrimento comigo e te asseguro que vai doer bem menos.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Playlist #01



    Não sei exatamente quando começou minha paixão por playlists. Sei que em algum momento eu passei a toda vez que escutar uma música, imaginar em que ocasião ela pode se encaixar e qual casal fictício ela me lembra. Acabei fazendo playlist para os meus amigos de presente de aniversário, para quando eles estão se apaixonando ou  para ajudar quando eles tiveram o coração partido e eu não sei bem o que dizer. Virou um hábito constante. 

    Eu adoro o processo de ouvir várias de músicas para procurar alguma que traduza perfeitamente meus sentimentos no momento ou os que eu imagino que algum personagem sentiu. Playlists me ajudam a processar minhas emoções, desde do nervosismo da véspera do vestibular, passando por ver uma crush no cinema com outra menina, até as saudades sem explicação de um casinho antigo que nem significou muita coisa.          

      Quando eu escuto uma música  para saber se como se encaixa, eu me deixo sentir o que quer que eu queira e a partir disso posso me afogar na minha tristeza ou ter uma vontade absurda de dançar porque eu superei tudo aquilo. 

        Eu ia escrever uma resenha sobre um dos meus livros favoritos, mas estava com um bloqueio terrível e não dava certo de jeito nenhum. Então, enquanto ela fica pronta, resolvi fazer uma playlist. Espero que ela anime o dia de vocês e que traga músicas novas boas. 


       Essa aqui é composta por músicas de garotas para garotas. Para quando você se sente meio perdida e logo antes de dormir parece que você está fragmentada em mil pedaços e você não faz ideia como vai juntá-los de manhã. Para quando você acha que não é suficiente e ninguém te diz  o contrário. Essas moças vão te mostrar que você não está sozinha e que podemos nos resgatar. 




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Você já ouviu falar em Kony?


O Youtube fez uma retrospectiva dos vídeos mais vistos do ano e foi aí que eu descobri esse movimento. Assisti ao vídeo de quase trinta minutos e em pelo menos quinze desses trinta eu tava chorando sem parar. Me emocionei muito com as imagens, fiquei indignada com a situação abordada no vídeo, me senti motivada e quis me teletransportar pros EUA pra poder ajudar de todas as maneiras que eu pudesse a erguer esse projeto. Daí, ainda assistindo, desanimei: foi postado há muitos meses atrás, as datas dos encontros em prol do projeto já passaram e minha compaixão estava era muito atrasada. Aí fiquei curiosa: no que será que deu? Se você não está entendendo nada do que eu tô falando, assiste o vídeo a seguir (sério, coragem, você não vai se arrepender):


Entrei no site e depois de quebrar a cuca (o layout é impossível) entendi que houve uma grande manifestação com uma festa no fim pra fazer com que os grandes políticos apoiassem o projeto, em Washington DC, ao redor da casa branca. Em novembro. Bleh, mais uma vez tarde demais. Procurei vídeos da manifestação no Youtube, vi que foi um sucesso (em termos de público) e a festa parece ter sido muito legal. Mas e o Kony? Não sei. Daí dei uma pesquisada no Google e apareceram muitos posts em sites pequenos com teorias que diziam que Kony (o projeto, não o terrorista) era uma farsa, ou que o vídeo tinha fortes truques de manipulação (isso aí é óbvio, já que são táticas de marketing que acabam sendo o único jeito de mover as pessoas a entrar num movimento), ou que Jason Russel (o fundador) era cristão e anti-gay e pretendia converter as pessoas pro cristianismo, blá blá blá. Fiquei muitíssimo desapontada.
 O que eu quero dizer aqui é que: não sei se é uma farsa, não sei se Kony já foi capturado (me parece que ele fugiu de Uganda e está desenvolvendo práticas cada vez mais elaboradas pra fugir da polícia), sei que não são todos os problemas do mundo que serão resolvidos se esse movimento der certo e esse grupo de terroristas específicos for capturado, mas sei que a gente tem que sonhar. A gente tá vivo pra isso, sonhar, ir atrás dos nossos sonhos e encontrar a felicidade em cada passo que damos em busca dele. Essa confusão toda só me levou a me perguntar: qual é o problema das pessoas em acreditar que alguém REALMENTE quer fazer o bem? Em sonhar com um mundo melhor? Em sonhar que existe gente que não seja egoísta e medíocre como elas? Por que sempre tem que ter algum espertinho "de olhos abertos" com uma teoria que prova que todo mundo tá sendo enganado e manipulado e ele tá certo?
 Eu sinceramente não acho que pessoas tão importantes e com uma boa reputação a manter (como grandes artistas e políticos, inclusive Barack Obama) fossem se envolver em uma farsa por dinheiro ou pra disseminar suas crenças pelo mundo. Aliás, se for esse tipo de crença que eles querem disseminar, eu estou orgulhosa de me permitir ser manipulada. Antes uma sonhadora cega que um amargurado neurótico e pessimista. Eu quero sim acreditar em um mundo melhor e em outras pessoas que queiram o mesmo, assim como ajudar como eu puder. Pra mim, isso é só mais uma demonstração de como sempre vai ter alguém pra tentar te fazer desistir dos seus sonhos. Sabe aquele papo de "quando a esmola é demais o santo desconfia"? Sinceramente, eu acredito que se seu coração te disser pra seguir, não tem que desconfiar não. Se você for enganado, foi. Se se decepcionar, fazer o que? Mas nada supera o sentimento bom de estar fazendo algo bom em prol de outras pessoas. Você saber que fez sua parte já é mais que o suficiente.
 Ufa! Quando começo a falar de assuntos polêmicos não paro mais. Mas e então, qual é a opinião de vocês? Quero muito saber, de verdade. Comentem!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Enfraquecemos nosso próprio espírito.


Foi assim naquela época. Incapazes de atribuir suas desgraças ao acaso, incapazes de aceitar sua irrelevância em meio ao grande sistema, as pessoas começaram a procurar por monstros infiltrados em seu meio.
Quanto mais a mídia cultivava esses medos, mais as pessoas perdiam a capacidade de confiar umas nas outras. Para cada nova desgraça que surgia, a mídia produzia uma explicação - que sempre tinha um rosto e um nome. As pessoas começaram a desconfiar de seus vizinhos mais próximos. Fosse em termos de indivíduos, comunidades ou de nações, elas viviam à procura de sinais de más intenções nas outras - e onde quer que procurassem, encontravam, pois isso é o que sempre ocorre em tais casos.
Esse era o grande desafio que as pessoas enfrentavam naquela época. O desafio de confiar umas nas outras. E elas não foram capazes de vencer esse desafio. É a isso que me refiro quando digo que elas depararam com um enfraquecimento do próprio espírito.

Gênesis - Bernard Beckett.

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