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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Não chora sozinha.

Foto: Eylul Aslan

Ei, pequena, já faz uns bons dias que não te vejo mais sorrir como antes. Sua feição de tristeza é realmente encantadora pra falar a verdade, mas honestamente, eu prefiro muito mais quando você transborda alegria. Sei que não sou o melhor amigo do mundo, nem faço piadas tão legais quanto as suas (que nem são piadas, mas me fazem rir), só que eu sei ouvir. Ouviria o dia inteiro suas lamentações sobre a vida. Se você não quisesse, eu não daria um pitaco sequer. Até porque não tenho lá muitos bons conselhos pra dar - você que é a parte vivída da nossa amizade.

Me dei conta uns dias atrás que tu é um  mistério muito grande. Tem horas que eu te olho e tenho vontade te rasgar inteira, camada por camada, pra descobrir tudo o que você sente. Como se seus sentimentos fossem vazar do seu corpo e pairar pelo ar. Seria um jeito "fácil" de te conhecer melhor. 

Talvez você tenha algum tipo de senha que se eu acertar conseguirei acessar seus dados mais profundos - tudo isso soa um pouco macabro, meio perseguidor, mas só queria que seu sofrimento acabasse, sabe? Não tem como viver sofrendo sozinha, pequena. Entenda que seus amigos estão aí pra isso. Juro que se você vier, eu te ouvirei. E colherei todas as suas lágrimas no meu moletom preferido. E te darei o colo que quem quer que tenha te machucado não te deu. Você só precisa vir. Se não quiser, nem precisa desabafar... só ficar. Tudo o que eu quero é ver o seu sorriso despreocupado novamente.

Pequena, divide seu sofrimento comigo e te asseguro que vai doer bem menos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Obrigada!



 Pensei estar sendo esperta ao te dar meu coração. Foi a primeira vez que resolvi confiar, apostar, me doar. Desde o primeiro beijo (e antes mesmo dele) nos imaginei num futuro distante e bonito. Pude me ver sorridente ao teu lado daqui vinte anos. Te vi explicando nossas fotos e nossa história a todos que se mostrassem interessados.
 Mas não. Não poderia ser tão fácil. Como má amante que sou, errei. Apesar de consciente, não enxergava que tinha algo tão bom ao meu lado. Chorei. Por nada. Menti. Não soube agir. Foi amor demais pra mim, e não tinha noção de como recebê-lo. E então, o rosto sempre risonho e a alma pura que você conheceu se transformaram em um olhar vazio e um punhado de lágrimas sem motivo. Não te culpo por desistir. Não era mais a pessoa por quem você se apaixonou, e devia ter te dado aviso prévio que seria assim. Me torno outra enquanto amo. Alguém que não gosto, e você também pareceu não gostar.
 Então, obrigada por me fazer voltar ao normal, a ser novamente o sorriso e não o mar. Você me machucou por um momento e sei que a cicatriz será eterna, mas foi uma daquelas dores que vêm para o bem. Não sei se seu sacrifício foi verdadeiro, mas me fiz acreditar que sim. Te faz mais bonito e sincero aos meus olhos pensar assim. E pensar que agora no lugar do futuro que imaginei há um buraco escuro (ou uma luz extremamente clara que não me permite enxergar nada) ainda me fere um pouco, mas me consola saber que esse futuro, mesmo que ficassemos juntos pra sempre, nunca existiria. 
 E se tudo tiver dado errado por falta de preparo em relação a sentimentos ou imaturidade minha, ambos sabemos que uma hora passa, e então estarei pronta para amar o quanto meu coração quiser. Encontrarei a pessoa certa, seja ela quem for, e cuidarei dela como manda o figurino (não que o amor tenha de fato um figurino). Não reclamaria se essa pessoa fosse você. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Menos de um dia.


Não são mais que três horas. Três horas que finalmente comprovarão que meus sonhos estavam errados. Menos de três horas para eu me dar conta de que afinal, você nunca me abraçará daquela maneira. E que aqueles sorrisos e aquelas palavras, nunca foram minhas. São menos de três horas para tudo acabar. Para eu nunca mais te ver. Nunca mais. Portanto, serão as três horas seguintes as mais dolorosas, pois a partir daí começarei a perceber que tudo isso é verdade. São nessas três horas que baterá um desespero, seguido de uma angústia tão grande que palavra nenhuma conseguiria descrever. Serão as piores horas da minha vida. Afinal, todos aqueles "sinais" eram nada mais que ilusões. Apenas coisas da minha cabeça.
E apesar de todos esses fatos jogados na minha cara, penso se minha história ainda servirá de inspiração para o enredo de um filme. Claro, para isso o destino precisaria nos juntar novamente. Seja daqui a três ou trinta anos. Já que por enquanto, nossas vidas estão se afastando cada vez mais. Cada dia mais. Até que chegará uma hora que talvez eu nem lembre mais de como seu sorriso me fazia sorrir. Nessa hora, você provavelmente não lembrará da minha existência, enquanto eu ainda estarei tentando esquecer os vestígios de lembranças que não mereciam ser guardadas.

Menos de um dia, e você sequer olhou nos meus olhos para dizer adeus.

domingo, 9 de outubro de 2011

São meras lágrimas.


Por que essas lágrimas que imploram para sair não se dão ao trabalho de fazê-lo? Engolir todo esse choro não é fácil. Chega uma hora que não tem mais jeito, mas parece que desta vez não está funcionando como deveria. Meu corpo não está  reagindo conforme meu coração sente. Está apenas ignorando minha necessidade em expressar meus sentimentos, não mais através de palavras, mas através de gestos. Portanto, querido organismo, quero que saiba que estou precisando gastar minhas lágrimas já acumuladas a um bom tempo. Essas lágrimas não estão mais me fazendo bem.
Faça elas saírem!
Ou será que precisarei assistir a mais um filme dramático ou ouvir aquela música que me remete à pessoa de quem não gostaria de estar comentando? Eu estaria apenas forçando o natural a ser uma farsa, não é? Talvez minha vida esteja apenas feliz demais para dar lugar à lágrimas. Mas tão contraditório isto é. Felicidade nenhuma é tão completa assim. Pois se fosse, esse choro não seria de angústia, mas de amor. Aquele mesmo que me fez sofrer um dia.

Thais Katsumi.

domingo, 2 de outubro de 2011

Como você chora?


Não sei se as pessoas choram de forma diferente umas das outras, eu choro contraída, como se alguém estivesse perfurando minha alma com uma lâmina enferrujada, choro como quem implora, pare, não posso mais suportar, mas o insuportável é uma medida que nunca tem limite, eu chorei no domingo, na segunda, na terça, em várias partes do dia e da noite, um choro de quem pede clemência, de quem está sendo confrontado com a morte, eu estava abandonando uma vida que não teria mais, eu sofria minha própria despedida, morte e parto, eu tinha que renascer e não queria, não quero. (…) Você alguma vez chorou por mim, você sofre a minha ausência, sente a minha falta? Estar sozinha nesta aflição me condói de mim mesma, é o labirinto do inferno, não há saída, não há saída, você não está me esperando lá fora, nem hoje , nem amanhã. (…) Veja, já estou enxugando as lágrimas, procurando meu celular para fazer uma ligação qualquer, esses compromissos que a gente inventa para fingir que a vida continua. Marquei hora no cabeleireiro sem ter motivo algum pra ficar bonita.

Martha Medeiros.

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