terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O meu discurso.



Começaria por ordem alfabética, mas não somos mais crianças e todos sabem que gosto de cada um de um jeito especial.
Antes de qualquer coisa, quero agradecer por todo o carinho que eu recebi, não só hoje, mas em todo o decorrer do curso. Ter recebido uma festa surpresa foi como a “prova” de que tudo isso valeu a pena. Não pelo valor material (até porque isso nunca foi o mais importante pra mim), mas por uma coisa que vai além de qualquer descrição, qualquer palavra. É mais que carinho, é mais que amizade.
Para terem uma ideia, eu só estava esperando que vocês lembrassem do meu aniversário e me dessem parabéns. Isso seria suficiente pra deixar o meu dia feliz.
Mas você sabe como é se sentir importante em um dos dias mais importantes da sua vida? Você consegue imaginar quão grande é a felicidade de uma pessoa que acaba de perceber que ela faz a diferença, mesmo que pouca, na vida de uma outra pessoa? Se consegue imaginar tudo isso, é porque pode materializar um pequeno pedaço de tudo que eu senti hoje.
Como eu queria que isso nunca acabasse.
Tudo isso começou em setembro de 2009. Onde eu era nada mais nada menos que uma garotinha, que não sabia nada da vida. Naquele mesmo ano, pessoas muito importantes entraram na minha vida. E quem diria que eu estaria com essas pessoas até hoje, não é? Foi em 2010 que eu percebi que aquele lugar me fazia bem. Eu poderia estar no pior dia da minha vida, mas quando eu chegava lá todos os problemas desapareciam, o mundo ficava até mais bonito. Habitável. Foi naquele ano que eu descobri a amizade de uma pessoa muito importante, a Raquel. Foi a minha primeira amiga daquele lugar. No começo era muito estranho. Eu tinha muita dificuldade de me enturmar, e as pessoas pareciam meio distantes. Mas o tempo foi passando e toda minha timidez já não existia mais. A Raquel se tornou minha confidente, o meu outro lado. Talvez por ela ser tão séria e eu tão... Sei lá, idiota. É claro, com o tempo vamos conhecendo quem as pessoas realmente são, e eu vi uma Raquel alegre, feliz, que tinha seus pontos de vista (muitas vezes que não correspondiam aos meus) e claro, seus problemas. Mas nada que um bom dia de curso não resolvesse.
Ainda no mesmo ano, duas pessoas mudaram muito a maneira de eu ver o mundo. O Adalberto sempre foi o “coração” daquilo tudo, digo isso porque, diferente de qualquer outra pessoa, ele tem um coração grandíssimo! Não que vocês não tenham, mas... Vocês entendem, não é? Ele é cavalheiro, gentil, atencioso, pensa muitas vezes mais com o coração do que com a razão. Como eu sempre brinco, é o cara que toda mulher deseja.
Já o Igor, ah, o Igor é um grande amigo, não é? Apesar de todos dizerem que ele é muito chato, ele também tem suas qualidades. É claro que eu fico desmoralizada quando ele diz “até você, Thais”, portanto, vindo dele, provavelmente é brincadeira, não é? Bom, espero que seja. Porque você é muito especial, Igor. E fiquei feliz em saber que eu seria sua madrinha (bom você não falar isso pra as suas outras amigas, viu? Hahaha).
No final de 2010 fui praticamente obrigada (tudo bem, foi apenas um convite) para dar aulas de desenho. Se vocês soubessem como eu não queria. Mas finalmente aceitei, talvez porque a Raquel estaria comigo nessa, ou talvez por livre e espontânea pressão.
E querem saber de uma coisa? Foi uma das melhores decisões da minha vida, mesmo com todo o medo acumulado dentro de alguma parte de mim antes de entrar na tão temida “sala de aula de desenho”. Foi assustador. Nunca tinha ficado tão nervosa quanto naquele dia. Espero que vocês não lembrem de todas as frases erradas que eu havia dito.
Lembrei-me agora daquelas risadas dos seus primeiros desenhos.
É tão estranho como tudo mudou desde o primeiro dia de aula. Como nós ficamos tão próximos à cada dia que passava. Como vocês passaram de alunos para amigos. É, é disso que estou falando. De amizade. Uma amizade que me trouxe tanta felicidade, tantos sorrisos, tantas lágrimas. Tenho até vergonha de lembrar que fui capaz de dizer que esse ano não foi especial, que não valeu a pena. Porque valeu.
Sempre dizíamos que a Bruna era a mais interessada em tudo. Foi em todas as risadas dela que eu conheci uma garota com uma alma invejável. Não apenas mais uma garota fútil, mas uma garota com atitude. Que têm lá seus medos, mas medos que não superam seus sonhos fantásticos. Que apesar de não ter força suficiente pra carregar um molde, tem uma força enorme para cumprir seus objetivos.
Ariadny sempre foi a cabeça do grupo. Foi nela que eu descobri o poder de um olhar, de um gesto. Admiro toda a determinação que vejo nos seus olhos de ressaca. Eu nunca esquecerei sua risada maligna, ou suas caretas engraçadas como se não ligasse para o que os outros dizem, nem toda essa maturidade que menina nenhuma na sua idade teria, com exceção da sua irmã gêmea, Nadiny.
A Nadiny é o anjo do curso. Lembro que o Igor sempre falava que as gêmas eram como todas outras meninas. Mas não são. A Nadiny é a parte meiga da Ariari, ela tem todo um carinho especial na hora de falar. Seu olhar sobre todas as coisas é um olhar de uma garota que sabe sobre o mundo. É incrivelmente paciente e parece que qualquer coisa pode lhe quebrar, machucar. Apesar de todo o pessimismo, no fundo ela sabe que pode passar por muita coisa.
A nossa nova mamãe, a querida Alessandra, sempre foi a mais gozadora! É dela que vinham as piadas mais sem nexo (ou com excesso de nexo) do grupo. Mesmo faltando tanto, ela não conseguia nos fazer esquecer da garota-menino que ela é, já que segundo ela, é mais garoto do que garota. Toda sua mudança de humor à cada momento foi marcante, não foi? Porque, ô garota bipolar, viu?
O Josiel é o cara que disse que todo homem tem um pouco de gay dentro de si (?). Enfim, é o contador de histórias que, desculpa, mas na maior parte das vezes me fazem viajar e não prestar atenção. Mas Jojô é um cara legal, que houve bandas emos, mas é legal. Um tanto quieto, e ao mesmo tempo cheio de argumentos sobre o mundo. É um bom observador e um aprendiz do cavalheirismo do Adalberto.
O Ailton? Bem, este quase não vejo. Deve ter alguns super-poderes que o fazem desaparecer! Ele é o rapaz misterioso que quase não conversa, fechado, quieto. Mas que dizem ser mais bagunceiro que o nariz. Apesar disso, me parece ser um bom moço se eu conhecer melhor. Aposto que descobriria seus poderes de aparição e sumiço. (Perceberam que ele sumiu na foto também? hahaha)
O Stanley é o nosso maior turista de todos os tempos. Sua visita acontece geralmente em todas as sextas-feiras. Ele é um super fofo comigo, mas, inexplicavelmente quando estamos em grupo ele desconfia de cada passo que damos.
E nosso mais novo membro, Renato! Dele só consigo esperar coisas boas. É quieto, ainda, pois faz cerca de uma semana que está lá conosco. Mas já é praticamente um escultor! Além disso, já é nosso amigo, e pra quem não tá sabendo, teremos milho cozido (ou sei lá o que) na sexta-feira, trazidos por ele.
Vocês já devem imaginar o quanto vocês foram marcantes pra mim, não é? Só por terem um texto no meu blog, já significa muito, podem ter certeza. Pois aqui é o lugar que mostro a minha vida. E vocês fazem parte dela. Parte essencial, aliás. Por favor, nunca esqueçam o quanto são importantes. Eu sei, eu sei, deveria ter dito isso hoje, mas as palavras sempre me somem nos momentos mais importantes, nos momentos mais bonitos, que fazem cada célula do meu corpo tremer. Mas eu prometi um discurso, não é?
Obrigada, mais uma vez, por existirem. VOCÊS FAZEM A DIFERENÇA.

Um comentário:

  1. é tão lindo quando você escreve Thais, vc transborda emoções que saem direto do seu grande coraçãozinho *-*, muito lindo viu! @@

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