Começaria
por ordem alfabética, mas não somos mais crianças
e todos sabem que gosto de cada um de um jeito especial.
Antes
de qualquer coisa, quero agradecer por todo o carinho que eu recebi,
não só hoje, mas em todo o decorrer do curso. Ter
recebido uma festa surpresa foi como a “prova” de que tudo isso
valeu a pena. Não pelo valor material (até porque isso
nunca foi o mais importante pra mim), mas por uma coisa que vai além
de qualquer descrição, qualquer palavra. É mais
que carinho, é mais que amizade.
Para
terem uma ideia, eu só estava esperando que vocês
lembrassem do meu aniversário e me dessem parabéns.
Isso seria suficiente pra deixar o meu dia feliz.
Mas
você sabe como é se sentir importante em um dos dias
mais importantes da sua vida? Você consegue imaginar quão
grande é a felicidade de uma pessoa que acaba de perceber que
ela faz a diferença, mesmo que pouca, na vida de uma outra
pessoa? Se consegue imaginar tudo isso, é porque pode
materializar um pequeno pedaço de tudo que eu senti hoje.
Como
eu queria que isso nunca acabasse.
Tudo
isso começou em setembro de 2009. Onde eu era nada mais nada
menos que uma garotinha, que não sabia nada da vida. Naquele
mesmo ano, pessoas muito importantes entraram na minha vida. E quem
diria que eu estaria com essas pessoas até hoje, não é?
Foi em 2010 que eu percebi que aquele lugar me fazia bem. Eu poderia
estar no pior dia da minha vida, mas quando eu chegava lá
todos os problemas desapareciam, o mundo ficava até mais
bonito. Habitável. Foi naquele ano que eu descobri a amizade
de uma pessoa muito importante, a Raquel. Foi a minha primeira amiga
daquele lugar. No começo era muito estranho. Eu tinha muita
dificuldade de me enturmar, e as pessoas pareciam meio distantes. Mas
o tempo foi passando e toda minha timidez já não
existia mais. A Raquel se tornou minha confidente, o meu outro lado.
Talvez por ela ser tão séria e eu tão... Sei lá,
idiota. É claro, com o tempo vamos conhecendo quem as pessoas
realmente são, e eu vi uma Raquel alegre, feliz, que tinha
seus pontos de vista (muitas vezes que não correspondiam aos
meus) e claro, seus problemas. Mas nada que um bom dia de curso não
resolvesse.
Ainda
no mesmo ano, duas pessoas mudaram muito a maneira de eu ver o mundo.
O Adalberto sempre foi o “coração” daquilo tudo,
digo isso porque, diferente de qualquer outra pessoa, ele tem um
coração grandíssimo! Não que vocês
não tenham, mas... Vocês entendem, não é?
Ele é cavalheiro, gentil, atencioso, pensa muitas vezes mais
com o coração do que com a razão. Como eu sempre
brinco, é o cara que toda mulher deseja.
Já
o Igor, ah, o Igor é um grande amigo, não é?
Apesar de todos dizerem que ele é muito chato, ele também
tem suas qualidades. É claro que eu fico desmoralizada quando
ele diz “até você, Thais”, portanto, vindo dele,
provavelmente é brincadeira, não é? Bom, espero
que seja. Porque você é muito especial, Igor. E fiquei
feliz em saber que eu seria sua madrinha (bom
você não falar isso pra as suas outras amigas, viu?
Hahaha).
No
final de 2010 fui praticamente obrigada (tudo bem, foi apenas um
convite) para dar aulas de desenho. Se vocês soubessem como
eu não queria. Mas finalmente aceitei, talvez porque a
Raquel estaria comigo nessa, ou talvez por livre e espontânea
pressão.
E
querem saber de uma coisa? Foi uma das melhores decisões da
minha vida, mesmo com todo o medo acumulado dentro de alguma parte de
mim antes de entrar na tão temida “sala de aula de desenho”.
Foi assustador. Nunca tinha ficado tão nervosa quanto naquele
dia. Espero que vocês não lembrem de todas as frases
erradas que eu havia dito.
Lembrei-me
agora daquelas risadas dos seus primeiros desenhos.
É
tão estranho como tudo mudou desde o primeiro dia de aula.
Como nós ficamos tão próximos à cada dia
que passava. Como vocês passaram de alunos para amigos.
É, é disso que estou falando. De amizade. Uma amizade
que me trouxe tanta felicidade, tantos sorrisos, tantas lágrimas.
Tenho até vergonha de lembrar que fui capaz de dizer que esse
ano não foi especial, que não valeu a pena. Porque
valeu.
Sempre
dizíamos que a Bruna era a mais interessada em tudo. Foi
em todas as risadas dela que eu conheci uma garota com uma alma
invejável. Não apenas mais uma garota fútil, mas
uma garota com atitude. Que têm lá seus medos, mas medos
que não superam seus sonhos fantásticos. Que apesar de
não ter força suficiente pra carregar um molde, tem uma
força enorme para cumprir seus objetivos.
Ariadny
sempre foi a cabeça do grupo. Foi nela que eu descobri o poder
de um olhar, de um gesto. Admiro toda a determinação
que vejo nos seus olhos de ressaca. Eu nunca esquecerei sua risada
maligna, ou suas caretas engraçadas como se não ligasse
para o que os outros dizem, nem toda essa maturidade que menina
nenhuma na sua idade teria, com exceção da sua irmã
gêmea, Nadiny.
A
Nadiny é o anjo do curso. Lembro que o Igor sempre falava que
as gêmas eram como todas outras meninas. Mas não são.
A Nadiny é a parte meiga da Ariari, ela tem todo um carinho
especial na hora de falar. Seu olhar sobre todas as coisas é
um olhar de uma garota que sabe sobre o mundo. É incrivelmente
paciente e parece que qualquer coisa pode lhe quebrar, machucar.
Apesar de todo o pessimismo, no fundo ela sabe que pode passar por
muita coisa.
A
nossa nova mamãe, a querida Alessandra, sempre foi a mais
gozadora! É dela que vinham as piadas mais sem nexo (ou com
excesso de nexo) do grupo. Mesmo faltando tanto, ela não
conseguia nos fazer esquecer da garota-menino que ela é, já
que segundo ela, é mais garoto do que garota. Toda sua mudança
de humor à cada momento foi marcante, não foi? Porque,
ô garota bipolar, viu?
O
Josiel é o cara que disse que todo homem tem um pouco de gay
dentro de si (?). Enfim, é o contador de histórias que,
desculpa, mas na maior parte das vezes me fazem viajar e não
prestar atenção. Mas Jojô é um cara legal,
que houve bandas emos, mas é legal. Um tanto quieto, e ao
mesmo tempo cheio de argumentos sobre o mundo. É um bom
observador e um aprendiz do cavalheirismo do Adalberto.
O
Ailton? Bem, este quase não vejo. Deve ter alguns
super-poderes que o fazem desaparecer! Ele é o rapaz
misterioso que quase não conversa, fechado, quieto. Mas que
dizem ser mais bagunceiro que o nariz. Apesar disso, me parece ser um
bom moço se eu conhecer melhor. Aposto que descobriria seus
poderes de aparição e sumiço. (Perceberam que ele sumiu na foto também? hahaha)
O
Stanley é o nosso maior turista de todos os tempos. Sua visita
acontece geralmente em todas as sextas-feiras. Ele é um super
fofo comigo, mas, inexplicavelmente quando estamos em grupo ele
desconfia de cada passo que damos.
E
nosso mais novo membro, Renato! Dele só consigo esperar coisas
boas. É quieto, ainda, pois faz cerca de uma semana que está
lá conosco. Mas já é praticamente um escultor!
Além disso, já é nosso amigo, e pra quem não
tá sabendo, teremos milho cozido (ou sei lá o que) na
sexta-feira, trazidos por ele.
Vocês
já devem imaginar o quanto vocês foram marcantes pra
mim, não é? Só por terem um texto no meu blog,
já significa muito, podem ter certeza. Pois aqui é o
lugar que mostro a minha vida. E vocês fazem parte dela. Parte
essencial, aliás. Por favor, nunca esqueçam o quanto
são importantes. Eu sei, eu sei, deveria ter dito isso hoje,
mas as palavras sempre me somem nos momentos mais importantes, nos
momentos mais bonitos, que fazem cada célula do meu corpo
tremer. Mas eu prometi um discurso, não é?
Obrigada,
mais uma vez, por existirem. VOCÊS FAZEM A DIFERENÇA.
é tão lindo quando você escreve Thais, vc transborda emoções que saem direto do seu grande coraçãozinho *-*, muito lindo viu! @@
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