sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

É difícil esquecer, não é?


Por que você ainda olha as fotos? Por que ainda abre alguns históricos? O que essas mensagens fazem guardadas no seu celular, mesmo sabendo que nada dito nelas faz mais sentido? Tu ainda guardas aqueles bilhetinhos bobos que pra qualquer um não significaria nada, não é? Mas tem a grafia gravada ali e pra ti, isso já é muito. Aquela pétala, ou aquela rosa, estão amassadas e guardadas na página de algum livro preferido teu e provavelmente na parte em que tu mais gostaste da história. E tem ainda aquele bichinho de pelúcia que não consegue se desapegar, já pensou em dormir algumas noites sem ele? É difícil, né? Esse bichinho já te viu chorar inúmeras vezes e tu já se pegaste conversando com ele, pra ver se algum sinal surgia. Mas nada, absolutamente nada aconteceu, nada mudou. Só o que se transformou foi o sentimento, em algo conformado, já que só a saudade é que te acompanha agora, como tua melhor amiga. E mesmo assim, tu não queres largá-la, mesmo que machuque, mesmo que doa, não vai deixá-la porque é ela que te lembra, por cada segundo que passa, que algo bom já aconteceu um dia, que tu já tiveste momentos tão felizes que faria de tudo para voltar.


G. Vieira

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