quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

É simples, quando se tem um motivo.


- Não é que eu queira pular. Eu preciso. Pode parecer um tanto exagerado, talvez infantilidade ou até hipocrisia, mas não consigo continuar com toda essa farsa. Você sabe, essa coisa de viver fingindo a felicidade. Não é tão simples como parece. As pessoas já não estão mais nem aí para o que eu penso ou deixo de pensar. Por vezes me sinto fora de um grupo que faço parte há anos. Nem um amor eu tenho de verdade. Tudo bem, tem o amor dos meus pais, mas será que é mesmo suficiente? Queria amar alguém pra vida inteira, queria cuidar de alguém. Queria fazer um café da manhã e levar na cama para comermos juntos, queria alguém que corresse pelos parques comigo, e gritasse para o mundo que nós somos um só. Queria uma pessoa especial, alguém para ser pai dos meus filhos... Eu sei, eu disse que não faria drama, mas também avisei sobre a possibilidade dos meus motivos serem banais...
- Me dá a sua mão - ele estendeu a dele.
- Por que?
- Não posso viver sem a garota que acabou de mudar o meu mundo. Se você for pular, eu também pulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ShareThis