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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Era uma vez um amor.



- Estou gostando de ti... Acho.
- Somos amigos. E você sabe que acabei de ter uma decepção enorme com uma pessoa.
- Eu sei. Mas não é porque você teve uma decepção que outra pessoa também te decepcionará.
- Eu não penso assim. Nós somos amigos.
- Desculpe, não deveria ter falado.
- Não se desculpe. Quando gostamos de alguém, temos que falar.
- Só não é como num filme que você me dá uma chance e fica tudo bem.
- Eu penso assim, não vejo problemas em falar sobre sentimentos.
- É complicado, pelo menos pra mim.
- Não é complicado. É lindo.
- Lindo quando dá certo. Não tem nada de lindo quando não dá.
- É lindo de qualquer jeito, só seria melhor se desse certo. Isso acontece com todo mundo. Eu mesma passei por isso.
- Por que não podia ser tudo mais simples?
- Porque se fosse simples não teria graça.
- Não vi graça até agora.
- Já passei por isso e, acredite, é normal.
- Minha vida resume-se no filme de hoje. (A arte da conquista)
Risos. - Eu não sou uma vadia fútil.
- E sádica! Posso passar logo pra parte que tudo dá certo?

Escrito por Vincent, modificado por mim.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sonhos.


- Ela visita você em sonhos, sabe?
Reviro os olhos, lembrando-me do único sonho doido que tive, e sei que de jeito nenhum aquela era Riley.
Mas ele apenas me olha, faz que sim e diz:
- É claro que visita. Eles* sempre fazem isso. É a forma mais fácil de conseguir.
Olho pra ele, encostada na porta de meu carro, chave na mão, enquanto passo os olhos por seu rosto. Sei que deveria ir embora, dizer boa-noite e seguir meu rumo, mas por algum motivo não consigo me mexer.
- O subconsciente assume durante a noite, libertando-nos de todas as restrições usuais a que nos submetemos, tudo aquilo que bloqueamos, que dizemos a nós mesmos que não pode acontecer, coisas místicas que achamos que não são realmente possíveis, quando na verdade o universo é mágico, misterioso, muito mais grandioso do que parece. E apenas um véu finíssimo de energia nos separa dele. Sei que é confuso o modo como usam símbolos para se comunicar. E, para ser sincero, não sei quanto disso vem de nós, do modo como organizamos as informações, ou deles, das restrições em relação a quanto têm permissão pra compartilhar.

* Eles: Desencarnados, mortos, almas, ou o que quer que você acredite.

Terra de Sombras - Série Os Imortais, volume 3 - Alyson Noel.

sábado, 28 de julho de 2012

Meu primeiro amor.


   Ele riu. Riu tão deliciosamente que me lembrou da última vez que o vi assim. 
   - Lembra-se? Há um tempo atrás, tu gargalhara com essa mesma intensidade afirmando que para acabar uma briga com sua namorada era fácil: bastava dar um beijo para ela parar de falar. 
   Ele riu novamente, um pouco constrangido.
   - Mas aquilo era um pouco óbvio demais: qualquer garota na face da Terra cederia para você. - afirmei.
   É claro que eu sabia disso. Conhecera aquele beijo há um tempo atrás. Na época ele fora meu primeiro amor, não o primeiro beijo, mas o primeiro amor. Que tinha o melhor beijo do mundo. Melhor até que Ferrero Rocher. Cheguei a pensar que todos os homens do mundo deveriam aprender a beijar com ele. Mas é claro que não concordaria com tamanha idiotice.
   - Eu era muito mulherengo. - ele falou.
   - Era? - perguntei.
   Então sorriu de novo.
  Foram incontáveis as vezes que deitou no meu colo reclamando que as mulheres só pensavam em casamento e filhos e lar. Ele queria é festa, diversão. Não se importava com sentimentos alheios. Mas sabia muito bem como deixar uma mulher na palma da sua mão.
   Como meu primeiro amor, nunca o esqueci. Não lembro exatamente qual era o sabor da sua boca, e confesso que daria muito para relembra-lo. Mas estou feliz assim. Assistindo a vida do meu primeiro amor de camarote. Ele é meu amigo, meu irmão. E, sem dúvidas, meu eterno amor. Ainda quero secar muitas das suas lágrimas, e rir de todas as suas cafajestices.
   Eu sorri.
   - O que foi? - ele perguntou.
   - Eu te amo, tá?
   - Não diga isso! Você é minha amiga, mané. - disse dando um leve tapa na minha cabeça.
   Eu sorri novamente. Ele nunca vai mudar mesmo. 

sábado, 12 de maio de 2012

Você que tem olhos bonitos.


- Você que tem olhos bonitos, pode me ouvir? Acho que me perdi nessas conversas chulas, nesses risos pesados, nesse andar torto, nessa postura curvada, nesses olhos negros que observo todos os dias nos espelhos espalhados por aí. Queria ter olhos como os seus. O cabelo escuro, mas todo perfeito, todo bem arrumado. Acho que deixei de fazer sentido quando acabei roendo todas as unhas, machucando as pernas, os braços, o peito, as mãos. Você que tem olhos bonitos, consegue entender? Consegue ir mais fundo, interpretar o que digo, para enfim sentir? E você que tem a boca cheia, os cabelos desgrenhados, o coração indomável? Também se perdeu, um dia, nestas esquinas, nestes caminhos, nestas hipérboles que parecem de repente tão realistas, na falta de propósito de tantas e tantas escritas, no problema de simplesmente não saber usar a crase de forma correta? Você se perdeu nos desejos que não se realizaram, nos sonhos que ficaram parados e de repente não mais existiram, só por que você não lutou? Já se perdeu em rimas bregas, pensamentos insanos, falta de conhecimento das palavras do dicionário? Já? Já amou?

Letícia Loureiro

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sua música, minha inspiração.


- Você consegue ouvir as lágrimas do som das cordas do violão quando sua palheta encosta nelas?
- Explique melhor.
- Você sabe, quando a palheta bate nas cordas, faz soar belíssimas notas.
- Que parecem lágrimas...?
- Sim. Tem sentimento. Consigo ouvir as lágrimas e até os sorrisos entremeio.
- São meras notas.
- Não diga isso. Você toca com o coração. É por isso que te gosto de ouvir.
- Você sabe que estou indo embora.
- Sei. Mas antes, toque mais um pouco.

terça-feira, 20 de março de 2012

A garota séria.



- Como você acha que a menina tem que se comportar para ser levada a sério?
- O primeiro sorriso dela tem que vim da alma, os outros precisam ser tímidos e esconder a história dela. Ela não pode sair falando tudo, precisa saber a hora de falar de si, de confiar, porque ninguém gosta de quem perde a graça cedo.
Depois ela precisa ter algum sonho bonito na vida. Mesmo que seja um sonho bem escondido, mas alguma coisa assim que faça o olho dela brilhar e todo mundo ficar se perguntando por que aquilo.
Ela tem que saber dançar uma música calma. Tem que segurar forte a mão e ser fiel. Ela pode sair pra festa, conhecer pessoas, ter histórias com elas, mas ela não pode achar que todas são o amor da vida dela, não pode banalizar o amor porque todo mundo reconhece uma pessoa assim de longe, e já perde metade do valor.
Não pode ter mil namorados e ter fotos no facebook com todos com quase as mesmas legendas. Não pode.

Camila Costa

sexta-feira, 2 de março de 2012

É possível esquecer o inesquecível.


- Como se esquece alguém inesquecível?
- Finja que esse alguém foi apenas fruto da sua imaginação. Delete-o de todas as suas redes sociais. Não frequente os lugares que ele costumava frequentar. Não passe perto da casa dele, ou de qualquer lugar que te lembre ele. Pense em quantas garotas ele passou a mesma conversa, e em quantas delas conseguiu enfiar aquela língua asquerosa. Saia com pessoas que te dão o devido valor. E faça de conta que todos aqueles sentimentos não passaram de coisas de uma adolescente apaixonada. Lembre-se que afinal, ele não merece um terço do que você fez. Lembre-se também que ter ficado com esse babaca, ter se apaixonado por ele, ter sido usada por ele, não faz de você uma puta. Faz de você uma mulher. Porque você sim teve a decência de saber amar. De valorizar. 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

É simples, quando se tem um motivo.


- Não é que eu queira pular. Eu preciso. Pode parecer um tanto exagerado, talvez infantilidade ou até hipocrisia, mas não consigo continuar com toda essa farsa. Você sabe, essa coisa de viver fingindo a felicidade. Não é tão simples como parece. As pessoas já não estão mais nem aí para o que eu penso ou deixo de pensar. Por vezes me sinto fora de um grupo que faço parte há anos. Nem um amor eu tenho de verdade. Tudo bem, tem o amor dos meus pais, mas será que é mesmo suficiente? Queria amar alguém pra vida inteira, queria cuidar de alguém. Queria fazer um café da manhã e levar na cama para comermos juntos, queria alguém que corresse pelos parques comigo, e gritasse para o mundo que nós somos um só. Queria uma pessoa especial, alguém para ser pai dos meus filhos... Eu sei, eu disse que não faria drama, mas também avisei sobre a possibilidade dos meus motivos serem banais...
- Me dá a sua mão - ele estendeu a dele.
- Por que?
- Não posso viver sem a garota que acabou de mudar o meu mundo. Se você for pular, eu também pulo.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Isso é amor?


— Então Charlie Brown, o que é amor pra você?
— Em 1987 meu pai tinha um carro azul.
— Mas o que isso tem a ver com amor?
— Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir… acho que isso é amor.


Charlie Brown.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O nosso poste.


Dali, só conseguia ver quatro postes de luz, o quarto ainda queimado, desde dias atrás. Embaixo do primeiro, estava você. Sua blusinha caía no seu ombro, deixando em evidência o que eu procurara esquecer desde aquela última noite. Sua franja cobria qualquer filete de luz que tentasse passar através dos seus fios de cabelo, o que impossibilitava ver seu rosto. Ainda assim era claro que não estava feliz. A parte boa era que eu estava em um lugar estratégico para que você não me visse, o que me dava pontos a mais. O motivo de você estar ali, era o mesmo de sempre. Você dizia que embaixo daquele poste a visão daquela rua lhe trazia boas lembranças, boas energias. E é claro, aquilo tinha a ver conosco, mas você nunca falava sobre isso quando eu perguntava.
Desde aquela noite, tenho te observado todos os dias após sua rotina de trabalho. E em todos esses dias, você passou por essa rua, olhou as mesmas casas e parou de baixo do mesmo poste. Nessa noite, diferente das outras, você me surpreendeu quando pegou seu celular e discou um número qualquer, que eu não pude identificar. Colocou o celular no ouvido e esperou, no ritmo das batidas do meu coração. Na terceira batida, senti meu celular vibrar. É claro, era você. Esperei mais dez batidas aceleradas, até que tomei coragem para atender.
- Oi.
- Vem aqui... Você sabe, o nosso lugar. Me desculpe por todas aquelas palavras, sei que não foram certas. Tudo bem, nem um pouco certas. Venho aqui por dias e tudo que consigo sentir é a falta que você faz na minha vida, e nas minhas noites de baixo do nosso poste...Vem aqui. Volta para mim.
Você sabe por quantos dias ando preocupado contigo? Tem noção de quanto você fez falta na minha vida? Toda aquela indiferença não fez sentido algum para mim, e agora você vem querendo se desculpar. Foi o que eu pensei em dizer. Mas respondi:
- Estou indo.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Nossa música.


- Eu te segui pelos lugares mais escuros, entre escombros e ruínas. Sem me importar com as assombrações que eu encontraria ou pesadelos que eu teria.
- Por que você me seguiu? Eu nunca te vi nos borrões deixados para trás.
- Me pergunta "por que" depois de todas aquelas frases cantadas no meu ouvido?
- Cantadas?
- Sim, elas soavam como melodias no meu coração.
- Melodia era a sua voz para o meu ouvido até o dia em que você saiu do ritmo. Entrou em um compasso diferente, outra dança, outro par.
- Talvez a culpa fosse da sua música que não falava mais de amor.
- Você poderia ter trocado o disco, tocado a sua música. Eu entraria na sua dança, ou pelo menos tentaria.
- Eu tentei, mas sua obsessão pelo sucesso do momento desvaneceu qualquer som que eu pudesse emitir.
- Talvez eu tenha mesmo sufocado a sua tentativa de emitir qualquer som.
- E por que você deixou que esse abismo aparecesse entre nós?
- A culpa foi só minha? Você poderia ter gritado mais alto. O abismo apareceu porque deslizamos para lados diferentes.
- Esqueceu da parte em que você sufoca minha tentativa de emitir qualquer som?
- E se eu estiver me referindo a uma apenas, e as outras?
- Talvez minha voz não tenha alcançado o tom do seu violão.
- Se eu mudar meu ritmo você canta comigo de novo?
- Se eu cantar contigo de novo você promete ouvir meus murmúrios mais discretos?
- Prometo tentar, mas caso eu não ouça, você grita dessa vez?
- Você já arranhou meu disco a primeira vez. Minha música já está desgastada, não sei se aguentaria gritar novamente.
- Se eu disser que foi pela sua falta que eu mudei de tom... É difícil lutar sozinho, se mostre mais. Você mesma disse que anda entre as sombras, pelos escombros. Eu tentei de novo, você não se arriscou com um sim, me dando sua indecisão novamente.
- Sou assim, quando o álbum acaba, aperto o repetir e esqueço de ir para o próximo. Por que não damos um replay na nossa história?

Alethéia Skowronski e Thais Katsumi.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Tell me, love.


- Porque você simplesmente não diz tudo o que você sente, menina? - minha consciência perguntou.
- Não é tão simples assim, tenho medo de machucar.
- Você, ou ele?
- Eu... Ele... Os dois.
- Você tem que dizer, algum dia.
- Mas se disser, vou perdê-lo, como sempre aconteceu.
- Arrisque! Se ele te amar, ele continuará do seu lado.
- É o que todos dizem.
- O que?
- Essa coisa de amor.
- Que coisa?
- Isso, de que se existir amor, tudo ficará bem.
- E não ficará?
- Eu amei e não ficou.
- Como sabe que era amor?
- Eu não sei - pensei -. Amor não é aquele sentimento de culpa depois de uma briga? Não é acordar todos os dias lembrando de como foi lindo o dia que passaram juntos? Não é chorar com ele? Viver por ele? Sentir saudade logo depois da despedida? Olhar o celular procurando por uma mensagem ou ligação? Não é guardar aquela roupa especial para quando forem se ver? Não é aprender a tocar aquela música que você odeia, por ele? Não é imaginar como seria lindo viver com ele para o resto da vida? E saber que não conseguiria viver sem ele depois daquele bendito dia em que se conheceram?
- É sim - sussurrou atrás de mim a única voz que conseguia me fazer feliz.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Melhores amigos.


  • Melhor amigo: Sabe aquele dia que a gente foi na festa?
  • Melhor amiga: Sim, sei, que eu fiquei levemente alterada?
  • Melhor amigo: Achei tua música.
  • Melhor amiga: Como assim?
  • Melhor amigo: QUANDO ELA BEBE , ELA FICA MALUCA, LOUCA, DOIDA, MUITO SAFADA ♪
  • Melhor amiga: Babaca, eu odeio funk.
  • Melhor amigo: Idiota, você bebe vira outra pessoa.
  • Melhor amiga: Mas pelo menos não gosto de funk.
  • Melhor amigo: Mas bêbada tava requebrando até o chão.
  • Melhor amiga: Como sabe, ficou me observando a festa inteira?
  • Melhor amigo: Sim.
  • Melhor amiga: Porque? Virou meu pai ?
  • Melhor amigo: Não, mas eu tava cuidando de você.
  • Melhor amiga: Pra que cuidar de mim? Sei me cuidar sozinha.
  • Melhor amigo: Mas eu cuido de você á tanto tempo, que esqueci de cuidar de mim e amo uma garota que me acha um babaca.
  • Melhor amiga: Porque ela te acha um babaca ?
  • Melhor amigo: Por que eu gosto de funk.
  • Melhor amiga: E eu amo um garoto que me acha uma idiota.
  • Melhor amigo: Por que ele te acha uma idiota?
  • Melhor amiga: Por que, segundo ele, quando eu bebo eu viro outra pessoa, ele diz que quando eu bebo, eu fico maluca, louca, doida e muito safada. E ele cuida de mim.
  • Melhor amigo: Já falou pra ele?
  • Melhor amiga: Acabei de falar, e você, já falou pra ela?
  • Melhor amigo: Falei, antes de ela falar que sentia o mesmo por mim.


Autor desconhecido.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Nada. Tudo.



— O que aconteceu?
— Nada.
— Nada?
— Tudo.
— Tudo?
— Nada.
— Tudo ou nada?
— Nada, que na verdade é tudo.



sábado, 22 de outubro de 2011

GRITE!


- Então por que você não grita para o mundo poder te ouvir?
- Porque tenho medo.
- Medo? Medo do que?
- Do que as pessoas vão pensar de mim.
- Não sabia que você era desse tipo.
- Que tipo?
- Desse tipo de pessoa que se importa com o que os outros dizem.
- Não é tão simples assim.
- Explique.
- Você não vai entender.
- Apenas tente.
- Certo. Até onde sabemos, temos apenas essa vida, não é? E mesmo que tivéssemos outras, só conseguimos lembrar dessa. Nesse caso, tudo que eu fizer vai ficar no meu passado, na minha memória, vai ficar guardado para sempre... Não terei chance de concertar, ou ficar tranquila pelo resto da minha vida, sem me importar com o que as pessoas acharam disso.
- Mas não é isso que você quer fazer? Você não quer que todos te ouçam?
- Sim. Mas se eu fizer isso, as pessoas não vão me ver do jeito que elas sempre me viram.
- E o que isso importa?
- Que eu posso perder grandes amigos.
- Se eles forem amigos de verdade, não vão se importar com isso.
- ... Certeza? Hipoteticamente, se você visse alguém matando, roubando, ou sei lá, fazendo algo ruim. Você seria amigo dessa pessoa?
- Este não é o caso, e você sabe disso. Você não é nenhuma louca que quer matar alguém. Apenas quer falar algumas verdades para o mundo.
- E fazer algumas coisas que não são lá muito recomendáveis. Mas o que você faria, de qualquer forma?
- ....
- Não precisa responder. É o que todos fariam. Se afastariam. A menos, é claro, que eles quisessem entrar nessa também.
- Bom, então você viverá, digo, não viverá do jeito que você quer, apenas porque tem medo do que as pessoas vão pensar de você. Vai ficar calada, triste e furiosa, só para morrer com qualquer "dignidade" que seja?
- É isso mesmo.
- E valerá a pena?
- Talvez. Talvez.

Thais Katsumi.



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Just cause you feel it doesn't mean it's there.



- Como é ser assim?
- Assim como?
- Você sabe, assim... Do seu jeito.
- Que jeito?
- Não sei, você é tão diferente.
- Diferente do que?
- Das pessoas normais.
- Normais ou iguais?
- Normais ou iguais tanto faz, você me confunde. E então, como é ser você?
- Normal, pra mim.
- O que você sente?
- Fome, frio, essas coisas que todo mundo sente.
- Não isso, me referia a sentimentos abstratos.
- Acho que não sinto.
- Como?
- Esses sentimentos que você imagina que existe não são reais. Você pode senti-los?
- Claro que sim, você pode ficar feliz, por exemplo.
- Não sentir desse jeito, sentir como se você pudesse pegar, apertar, como se fosse concreto.
- Mas nem tudo precisa ser concreto pra existir, assim como nem tudo que se sente é real.
- E como é ser assim?
- Assim como?
- Você sabe, assim... Do seu jeito.
- Que jeito?
- Não sei, você é tão diferente.
- Diferente do que?
- Das pessoas normais.

Alethéia Skowronski.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Imaginário.



- Quem sabe ir pra longe resolva?
 - Não resolve.
- Quer conversar?
- Não, obrigada.
- Quer ficar sozinha?
- Mais?
- Então você quer companhia?
- É pra sempre?
- Pra sempre na medida do possível.
- O possível é pouco... Muito pouco.
- Faz tempo que é assim?
- Bastante
- Desde quando?
- Desde sempre, já perdi as contas a muito.
- E nunca melhorou?
- Temporariamente, talvez.
- Como?
- Isso é muito complicado de entender.
- Eu posso conseguir entender.
- Eu não quero falar.
- To incomodando?
- Outras coisas já incomodaram bem mais.
- Ah... Você tem sonhos?
- Alguns.
- Quais são?
- Nada importante.
- Sabe, depois que eu realizar todos os meus sonhos eu vou ser muito feliz, e você?
- Estaria morta.
Alethéia Skowronski.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nosso mundo.


[...] Que mundo é esse que deixa uma coisa dessas acontecer? Que deixa uma menina como Sue ser assassinada por prazer, ou crianças do Afeganistão passarem fome, ou filhotes de foca serem despelados vivos? Se o mundo é assim, o que mais importa? Já está tudo acabado mesmo. - Ele parou e pareceu voltar a si. - Entende o que estou dizendo?

L.J. Smith - Reunião Sombria, da série Diários do Vampiro.

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