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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Desapareci.


Num minuto ali, e no outro noutro lugar. Fui sem avisar, não deixei rastros ou migalhas. Não queria ser encontrada. Por isso espero que no meio do caminho você não se lembre do perfume que eu costumava usar especialmente para encontrar-te, porque ainda posso sentir resquícios dele escondidos comigo. Você sabe que é mais fácil assim, sem abalar-me com palavras que sei que sairiam da tua boca. Não deve ser complicado entender, mas se tentasse obrigar-me a falar, eu não conseguiria mais olhar seus olhos do mesmo jeito. Ainda assim, escondida, meu corpo pede por você! Meus dedos procuram os seus na cadeira vazia ao lado, minhas pernas abraçam as milhares de almofadas que simulam seu corpo, e meu coração bate mais rápido quando te vê nos sonhos que pouco me lembro.

Dias atrás, enquanto você me olhava nos olhos implorando por uma resposta da pergunta casual que não prestei um teco de atenção, tudo que eu conseguia pensar era em quão irritado você ficaria se eu tentasse te beijar. Será que valia a pena arriscar nossa amizade? Maldito amigo. Quero mais que isso. E você nunca saberá, porque eu fugi acovardada pelo medo de não ser correspondida. Isso mesmo que sou: uma covarde. Pelo menos meu coração ainda está intacto, sem ferimentos graves nem possíveis fraturas irreversíveis. No entanto, lá no fundinho, tenho esperanças do teu coração olhar pro meu e se apaixonar. Se isso acontecer, nós - eu e meu coração - esperamos que você nos diga como é isso, para gritarmos que sempre sentimos o mesmo.

Até lá tentarei conformar-me com seus sorrisos no meio da multidão, e nossos olhares que se cruzarem (o meu imaginando que você guarda um amor enorme por mim). Me conformarei que nossa história é só mais uma, como todas as outras. Me contentarei esperando ansiosamente que você veja o quanto somos feitos um pro outro. Me contentarei mesmo sabendo que sua resposta poderia, quem sabe, ser um sim. Um sim. Quem dera. Um sim.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Era uma vez um amor.



- Estou gostando de ti... Acho.
- Somos amigos. E você sabe que acabei de ter uma decepção enorme com uma pessoa.
- Eu sei. Mas não é porque você teve uma decepção que outra pessoa também te decepcionará.
- Eu não penso assim. Nós somos amigos.
- Desculpe, não deveria ter falado.
- Não se desculpe. Quando gostamos de alguém, temos que falar.
- Só não é como num filme que você me dá uma chance e fica tudo bem.
- Eu penso assim, não vejo problemas em falar sobre sentimentos.
- É complicado, pelo menos pra mim.
- Não é complicado. É lindo.
- Lindo quando dá certo. Não tem nada de lindo quando não dá.
- É lindo de qualquer jeito, só seria melhor se desse certo. Isso acontece com todo mundo. Eu mesma passei por isso.
- Por que não podia ser tudo mais simples?
- Porque se fosse simples não teria graça.
- Não vi graça até agora.
- Já passei por isso e, acredite, é normal.
- Minha vida resume-se no filme de hoje. (A arte da conquista)
Risos. - Eu não sou uma vadia fútil.
- E sádica! Posso passar logo pra parte que tudo dá certo?

Escrito por Vincent, modificado por mim.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Paralelamente perfeito.



Encontrei-te na minha vida paralela na madrugada de ontem. Lá você é tão você quanto aqui, a diferença é que lá você gosta de mim. Infelizmente, mantém seus mesmos defeitos de pegador incontestável, mas tal defeito é restrito apenas a minha pessoa. Pois mesmo diante das infinitas opções, das garotas mais inimaginavelmente lindas... Lá, sou sempre sua opção, por motivo que desconheço, portanto que deveria coexistir nos dois planos.
Nesta madrugada você aparentava leveza. Um calma tão grande pairava ao seu redor que era impossível brigar contigo. Quando me viu, a calma se abrangeu a um sentimento que seus olhos traduziam como amor. Impossível evitar que qualquer sentimento que eu guardara continuasse preso. Então num momento eu te olhava nos olhos,  e no segundo seguinte sentia tua pele ameaçando fundir-se à minha. Perguntava-me se aquilo era certo, não me importando necessariamente com a resposta, e ao mesmo tempo tendo plena consciência de que levava-me pelo êxtase do momento, porque ali eu era livre! Ali eu era tua.
Estávamos mais ligados do que nunca. Para minha felicidade você passou no teste quando sentei-me em um sofá com uns amigos e você se espremeu ao meu lado, com o único objetivo de mostrar ao mundo como fomos feitos um para o outro. Quando sua boca se aproximou da minha, e meus dedos roçaram seu joelho... Também roçaram o cobertor que eu abraçava.
E eu estava aqui de volta.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Gosto


Gosto do jeito desengonçado dele correr, e também das veias que saltam sua pele quando fica nervoso. Gosto das suas grandes mãos que fazem delicados carinhos, mas que não se comparam com seus braços que me protegem contra os perigos da madrugada. Gosto quando ele me olha nos olhos e diz qualquer bobagem que me faça rir, mas gosto ainda mais quando ele abre um sorriso ao me ver de longe. Gosto das suas tentativas de me fazer ficar com raiva, e também das broncas depois eu dar algum vexame. Gosto do formato meio quadrado da sua mandíbula e do seu nariz quase tão fino quanto um palito. Gosto do seu jeito de brincar com as crianças, e também do seu talento nato de cozinhar maravilhas que nem eu sei fazer. Gosto de quando ele me segura pela cintura e rodopia feito um bebê, e também das horas que não se brinca com ele não. Gosto dele como um todo, e também de cada detalhe.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Acorda, menina.


Só porque ele te olha nos olhos e sorri - aquele sorriso torto e meio sem jeito - não quer dizer que ele queira seu sorriso de volta. Quando ele segura suas mãos, não é porque ele precisa sentir o roçar das suas peles. E aquelas vezes que ele te abraçou, foram abraços que não significavam proteção. Ele faz isso porque é menino. Menino de tudo, sem medos, sem preocupações. Ele só te quer por perto, por algum tempo. Não quer compromissos, nem nada que o prenda. Ele precisa de contato, precisa de carinho, só não quer mais que isso. Ele quer se sentir parte de alguém, sem pertencer a tal. Mas não fique triste, menina. Só não se apaixone de novo, você sabe que não vale a pena. Apenas aproveite esse momento. E torça pra que ele ache alguém, que não precisa ser melhor que você, pois você sabe como ele não gosta de comparações. Deixe que ele se leve. Deixe que ele se encontre. Não tenha pressa, menina. Um dia ele vai te enxergar como você sempre quis. Portanto, menina, não tenha esperanças de nada. Você sabe mais do que ninguém como ele gosta de machucar corações.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Não dá.


- É impressionante a minha extrema facilidade em gostar das pessoas.
- Gostar?
- Quero dizer, se fosse só isso eu estaria pulando de alegria. Mas é algo muito maior, não é?
- Bom, eu realmente espero que não.
- Eu também. Não gosto de me apaixonar, de amar, de me dar para o outro por completo. Porque depois sempre machuca. Portanto, é impossível esquecê-lo.
- Tirá-lo da cabeça?
- Se eu tentar, pensarei mais ainda.
- Se divertir com os amigos?
- Me sentirei um lixo por não estar compartilhando tais momentos com ele.
- Ler um livro?
- Todas as palavras me lembram as que ele costumava sussurrar no meu ouvido.
- Escutar novas músicas?
- Músicas têm muito sentimento, só ficaria pior.
- Conhecer novos garotos?
- Nunca vou achar um como ele.
- Então, dedique-se à ele.
- Não dá.
- Por quê?
- Ele não me ama.

sábado, 5 de novembro de 2011

Você me encontrará?


Quando te conheci, você não sabia o que era amor.
A melhor coisa que fazia era falsificar um sorriso
Quando não queria sorrir.
Ah, aquele sorriso.
Você nem disfarçava seu não interesse pela vida. 
Apenas fingia viver.
E quando eu te pedia para correr comigo no gramado de casa,
Só almejava o brilho dos teus olhos.
Mas você sabe muito bem, eu nunca consegui.
Seu gene foi sempre muito forte.
Não importava o que eu pensava ou deixava de pensar.
O que você decidisse seria o ponto final
Pois ninguém palpitava na sua vida,
Ninguém.
Entretanto, num certo dia...
Ah, aquele dia.
Foi naquele dia, a primeira vez que te vi sorrir,
Sorrir de verdade, um sorriso apaixonado.
Um sorriso que eu desejei que fosse meu.
Mas que não era.
Era dela. Daquela garota que você dizia não se importar.
A mesma que tinha um corpão
E cara de safada.
Foi você quem disse, se lembra?
Portanto a vida dá voltas e voltas.
E você terminou com ela.
Não porque era o final feliz dos contos de fada,
Mas porque você amava outra, não é?
Pelo menos foi isso que me disse
Num dos dias mais tristes da minha vida.
Ou em partes.
Porque depois daquelas palavras
"Terminei com ela, amo outro alguém"
Veio a frase "É aquela que eu chamava de biscate"
Então a conclusão,
Este foi literalmente o pior dia da minha vida.
Mas mesmo assim você não sossegou,
Teve mais umas vinte namoradas, pelo menos.
E nenhuma que você amou de verdade, não é?
Portanto, mesmo depois de tantos dias
Ouvindo seus murmúrios de dor
Espero que encontre a garota da sua vida.
Sei lá, ela pode estar aí do seu lado,
Aguentando todas as suas crises
Do que você costuma chamar de "amor".

Thais Katsumi.

domingo, 9 de outubro de 2011

Always the second choice.



Lá estava eu, como todas as outras noites, deitado na minha cama olhando pro pôster dos Beatles no teto do quarto. Cada dobra do lençol conta uma história diferente, tem uma memória diferente. São memórias indo e vindo de um passado tão distante mas que ainda machucava e rasgava como se tudo tivesse acontecido há poucos dias. Todos os nossos fantasmas me assombrando; nossos lugares, nossos amigos, nossas manias… Hoje tudo tão não-nosso.
O celular toca, vejo na tela o nome do meu melhor amigo. Não consigo entender como ele ainda não se cansou de mim, como ele ainda continua insistindo. Até eu já cansei de mim. Demoro pra atender pois sabia o motivo da ligação e queria evitar aborrecimentos. Mas no sétimo toque acabo atendendo:
- E aí, cara. Tamo aqui no barzinho já, aquele perto da faculdade, mas se tu vier pela zona sul tem que fazer o retorno antes da padaria do…- Não vou, Fernando.- Vai negar umas cervejas com os amigos? Tem muita guria aqui.- Não, valeu.Escuto uns resmungos e suspiros sem paciência. No fundo, o barulho do bar que parece estar animado.
- Cara, eu não te reconheço mais. Ninguém te reconhece mais.
Eu já sabia disso, mas ouvir a verdade sempre dói mais. Desliguei o telefone sem ao menos dizer “tchau” e coloquei meus fones de ouvido. Pra ajudar, a primeira música do aleatório foi aquela que eu tanto tento evitar, aquela que foi a trilha sonora de todo o tempo que ficamos juntos, aquela que, simplesmente, não tem mais sentido algum.
O sono vai chegando mas tu não sai dos meus pensamentos. E o meu maior desejo é não sonhar com você, não de novo. É horrível, pois te tenho tão perto de mim e de repente, quando acordo, ganho aquele balde de água fria e aquela visão da minha cama vazia. 
Pego meu celular e abro as mensagens. As tuas ainda estão lá. “01/07/2010 - 12h34: Estou chegando aí, amor. Amo você.” Eu lembro desse dia. Lembro de como tu chegou aqui em casa, lembro do teu vestido, do teu sorriso… Ah, esse teu sorriso. Sinto falta de como ele era tão meu, de como você era tão minha. Lembro da pizza que estava contigo e da nossa guerra de comida. Lembro de como assistimos filme até o fim da tarde que foi quando tu recebeu uma ligação - que até hoje não sei de quem foi - te chamando pra algum lugar. E tu? Tu simplesmente foi. Mas, amor, tu deveria ter ficado.

sábado, 8 de outubro de 2011

Zona de amizade.



Uma mulher tem um amigo muito próximo. Isso significa que provavelmente ele está interessado nela. É por isso que ele fica em volta dela o tempo inteiro. Ela o vê somente como um amigo. E sempre começa com "você é um cara legal, mas eu não gosto de você desse jeito". Isso é mais ou menos equivalente para o cara como ir em uma entrevista de emprego e a empresa dizer "Você tem um bom curriculum, você tem todas as qualificações que procuramos, mas nós não vamos contratá-lo. Nós vamos, entretanto, usar seu curriculum como base de comparação para todos os outros candidatos. Vamos contratar alguém bem menos qualificado e provavelmente um alcóolatra. E, se não der certo, vamos contratar outra pessoa, mas ainda não você. Na verdade, nós nunca vamos contratá-lo. Nós vamos chamá-lo de tempos em tempos para reclamar das pessoas que contratamos".
Entendeu?

C.A.  do blog Porque nada é pra sempre.

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