quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cartas não-enviadas



Estou te mandando essa carta porque não sei de que outra maneira dizer que está ficando cada vez mais difícil. Mais alguns meses se passaram e você ainda não percebeu que te amo mais do que deveria. Você ama outros, eu amo você. Você chora querendo estar em outros braços enquanto eu te abraço, querendo chorar por mim e por nós dois.
 Querido, como eu gostaria que você entendesse! Meus braços são seus, meus olhos são seus, meu cabelo só quer seu carinho e, ahhh, meu coração...meu coração está em suas mãos. Olhe pro lado, amor! Pense em cada palavra que sai da minha boca. Nenhuma é solta sem ser muito bem pensada antes. São pra você, assim como tudo que tenho. 
 Como me dói saber que teu coração é tão efêmero! Acompanho seus amores, suas lágrimas, esquento suas mãos quando sente sua alma congelada em meio às ondas do oceano. Apesar disso, seu coração é sempre tão quente! Sempre inquieto, sempre procurando alguém por quem bater. Amas tanto! Você é todo amor. Não é racional, não é ingênuo, inocente...é amor. Me ama, sim, me ama, mas não como amo a ti. E isso, quem sabe, é pior que ódio. 
 Mas vou te esperar até que cada parte do meu corpo e de minha alma peça que eu desista. Vou te esperar. Todos vão passar e eu, amor, estarei deitada em nosso colchão te esperando pra que possamos dar as mãos, pintarmo-nos de glitter e falar sobre o amor e as estrelas. E não mais sobre eles ou elas.

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